"Vamos devolvê-los à terra, ao lugar onde eles pertencem.
Desligar as televisões, os computadores, os telemóveis
e quaisquer outras distracções, e levá-los lá para fora.
Deixá-los correr no mato, rebolarem na terra enlameada, saltar pedras num riacho,
correr de braços abertos numa seara.
Abraçar árvores, plantar coisas que brotam da terra.
Colher flores e respirar fundo os aromas das florestas.
Vamos deixá-los construir casinhas de troncos e subir árvores, descer o monte a correr e sentir o vento no rosto. Temos mesmo de devolvê-los ao lugar onde eles pertencem, à terra que deles tanto precisa."
Há dias a Sofia dos Pais com P Grande publicou este texto e a Teresa leu e gostou.
Hoje a Teresa os manos e a Gabriela e o Tiago foram da terra, e só dela.
Que grande tarde.
Correram descalços nas poças de lama deixada pela chuva que caiu de noite.
Brincaram na areia molhada do parque infantil.
Molharam-se (ainda mais) com uma mangueira ligada.
Sentiram borboletas na barriga e o vento na cara ao andar de baloiço.
Hoje eles foram muito felizes, riram, deram grandes gargalhadas, fizeram rodas, correram, escorregaram, caíram, e voltaram ao principio.
Comeram muito bolo, deram sorrisos, cansaram-se, sujaram-se.
Agora estão todos a dormir mas hoje os sonhos são salpicados de água e lama, de vento e chuva.
Hoje até viram a lua nascer.
Enquanto isto tudo acontecia, entre eles e a mãe Terra, nós mães e pais conversamos, conhece-mo-nos melhor e bebemos café com bolo. Hoje nós também fomos muito felizes. E que bom é ter alguém com quem partilhar tantas histórias de filhos e lama.
Sim, teriam sido fotos lindas, mas como disse, foi uma tarde deles e da Terra, só deles e as fotos iam estragar isso.
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