sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Expansão do negócio - um risco calculado

Com o convite para a reportagem no correio da manhã senti que era  altura também para expandir o meu negócio.
Às vezes precisamos de algo que nos faça tomar decisões importantes que de outra maneira provavelmente não tomaríamos.

Já há muito tempo que eu pensava nisso, que achava que poderia dar certo, que não era assim um risco tão grande, que era uma decisão que podia afectar a família toda mas que no final ia ser confortável para todos, e sendo assim, assolada por estes pensamentos mas confiante, foi nessa manhã, manhã em que esperava pela fotografo do jornal que arrisquei.

Devagar, debaixo do olhar sério do pai Fura Bolos e com alguma ajuda dele ... lá arrastamos o sofá para a frente e deu-se a expansão!

33 cm, uma fila de mosaicos, mas que fizeram toda a diferença!








Os miúdos nem notaram que o sofá estava mais perto da televisão e continuam a sentar-se no chão mesmo com o nariz colado ao ecrã...

O pai Fura Bolos apesar de ter ajudado na expansão ... comentou
"Estás a esticar-te um bocadinho..."
e se calhar estou, mas nesta vida se não arriscarmos e nos esticarmos também não saímos do lugar, e apesar da única coisa que saiu do lugar ter sido o sofá, espero que me faça andar um bocadinho para a frente também!

domingo, 11 de novembro de 2012

Domingo 8h30 - banca dos jornais

É que eu sabia que tinha dado a entrevista, que tinha tirado fotos mas não sabia que ia ser capa de revista!

Pois hoje saí de casa às 8h30, direita à banca dos jornais para ir buscar os 2 exemplares que tinha mandado guardar, e enquanto eu recuperava da surpresa de estar na capa, o sr Cândido exclama ao tirar um jornal para ele "olha a Ana está na capa!" E aí percebi a dimensão desta capa!
A Mãe de Todos hoje está inchada de orgulho, um orgulho bom, humilde mas orgulho, orgulho de quem todos os dias trabalha, se senta à máquina de costura e cose, de quem deixa de ir a certos sítios para trabalhar, para criar, orgulho de não ter ficado parada, de ter dado um passo, e depois outro e agora outro, orgulho de ver os que me rodeiam orgulhosos de mim!

Passou 1 ano desde que fiz umas prendas de Natal para a família  desde que cosi a direito mas torto uns saquinhos, 1 ano desde que vi muitos vídeos de como coser, e ao olhar para trás para este ano vejo muito trabalho, muitas noites de corte e costura e muitos dias de dedicação às linhas e às agulhas.

O Pai Fura Bolos foi um maridão neste ano que passou, com muita paciência para mim e para a casa, sempre com apoio e incentivo para as minhas costuras, e desde muito cedo valorizando o meu trabalho.

Quando olho para esta capa vejo o reconhecimento do meu esforço, vejo o reconhecimento da paciência do pai Fura Bolos e vejo a alegria dos meus filhos ao verem a Mãe de Todos na revista.

E para quem não leu aqui fica a reportagem completa






segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Síndrome do envelope branco

A fazer as torradas do pequeno almoço, paro tudo e digo

"Opá! ... O que me está a fazer confusão é o que oferecer ao João e à Maria, possa, se é dinheiro nunca é nada e a típica jarra de cristal não faz o estilo, nem meu nem deles!"
"Então mas isso é fácil, oferecemos uma coisa que não há nas lojas."
Resposta pronta e rápida do Pai Fura Bolos que estava sentado à mesa à espera das torradas. (que fique aqui a nota que a maior parte dos dias é ele que faz o pequeno almoço, neste calhou-me a mim)

Estávamos convidados para o casamento do João e da Maria, com enorme prazer aceitamos e nem poríamos a hipótese de não ir, são compadres, padrinhos da nossa nº 2, amigos, companheiros e juntos há tanto tempo como nós, apesar de terem uns bons anos a menos que nós.
Eles vieram ao nosso, e nós iríamos ao deles, com toda a certeza.

Havia para resolver o problema da roupa, que para mim é sempre um problema pois o chinelo e a calça de ganga que todos os dias visto não faz parte do dress code destes eventos, e o fato de casamento do pai Fura Bolos encolheu de tal maneira que já não lhe serve na barriga ( com o passar dos anos parece que a roupa encolhe no armário...) e os miúdos que queriam roupa nova e um vestido de princesa para a Teresa... (e vá lá que só levamos 2 ... mas confesso que andei o fim de semana todo a suspirar pelos outros 2 e quase que colei na testa um papel a dizer "Tenho mais dois mas ficaram em casa!")


Entre empréstimos e compras, lá nos vestimos todos para o acontecimento e agora era altura de voltar ao presente...

"Então mas o que é que não há nas lojas?" pergunto eu já com as torradas prontas e a caminho da mesa.
"Mimalhos!"


E foi aí que o pai Fura Bolos teve a grande ideia de pedir um desenho antigo do João à mãe do João e um desenho antigo da Maria à mãe da Maria e fazer dois Mimalhos, emoldura-los e oferece-los como presente de casamento único e especial, muito especial.

A mãe do João já não tinha nada do tempo de escola, mas a mãe da Maria enviou-me um desenho muito colorido e alegre que a Maria tinha feito com 5 anos, e foi com esse desenho que trabalhei.










 Assim nasceram o Mimalho 68 e Mimalho 69 e no dia da festa em vez do monótono envelope branco oferecemos um embrulho grande e bonito com os Mimalhos dentro.






Pequenos apontamentos: 

- A Teresa esteve tão feliz, pois foi uma das meninas das alianças ... e só conseguiu perder 1 aliança 1 x no meio do vestido da noiva, que orgulhosa que eu fiquei da minha filha... 



- Obrigada à minha amiga Edite Candeias que fez um trabalho extraordinário com a moldura dos Mimalhos.


- Se quiser um Mimalho, por favor visite http://miminhosdamaedetodos.blogspot.pt/ ou https://www.facebook.com/miminhosdamaedetodos


Muitas felicidades aos noivos e obrigada pai Fura Bolos por acreditares no meu trabalho!