sábado, 18 de fevereiro de 2017

Mais uma primeira vez

Porque na maternidade tudo é novo, sempre, alguma vez será sempre a primeira vez, e desta vez falo de creche.

Até agora todos os nossos filhos tinham ficado em casa, nossa ou dos avós, até aos 3 anos e depois entravam na pré primária aqui da aldeia, onde a educadora é a mesma desde o primeiro e até já se tornou nossa comadre, porque é madrinha do Zé.
Isto era o normal, a certeza, o caminho fácil por ser o  já trilhado há anos, mas por vezes há outros caminhos que se cruzam e aí temos que fazer escolhas.

A creche, o bicho papão, filhos meus ainda bebés a ficarem com gente estranha, gente que não dá colo, salas cheias de bebés a chorar, rotinas forçadas, desfraldes abruptos ... era isto que eu tinha na cabeça. (não que conhecesse, mas era assim que o meu coração pensava)

Com a Rosita pequenina, o Zé a pedir muita atenção e a Amamenta Algarve a precisar de muito trabalho para também crescer, estava a braços com 3 filhos em casa e às tantas não dava a devida atenção a nenhum deles, mas e eu via isso? Pois que desconfiava, mas quando o coração não quer os olhos não vêem.
Admito que fiquei sem chão quando percebi que o caminho me estava a empurrar para colocar o Zé na creche (aquele bicho papão) e eu não queria nada, tinha feito uma cruz em cima desse bicho e tinha MEDO, sim, porque uma mãe de 6 tem medo, muitos medos, medos x 6!

Os olhos iam rasos de água quando fui perguntar se havia vagas, com medo de ouvir a resposta, trouxe os papeis, tratei da parte prática, sempre de coração apertado. Depois fomos lá, os 3, eu o pai Fura Bolos e o Zé e o bicho papão ...

As pessoas que não dão colos, estavam lá, raparigas sorridentes, sentadas no chão com meninos ao colo.
As salas com bebés a brincar, um piriquito que canta alegremente na gaiola.
Uma educadora que nos ouviu, que quis saber quem é o Zé, como queremos fazer as coisas.
E assim, em menos de nada, quase como fazemos aos nossos filhos quando eles acordam de noite com medo do bicho papão e lhes afagamos o cabelo, afastámos o bicho, ou ele afastou-se e deixou-se ver de outra maneira.




O Zé teve ontem o seu primeiro dia de creche, de escolinha, e teve direito a ser acompanhado pelos manos que fizeram questão de o ir levar, mesmo sabendo que depois tinham que subir a rua a correr para não chegarem muito atrasados à escola. Só o mano Tiago faltou a esta "cerimónia" mas foi depois busca-lo de tarde.

O Zé fez um beicinho quando eu lhe disse que ia trabalhar e já voltava, mas ficou bem. Brincou, comeu, foi à casa de banho (sim, porque aos meus olhos ainda não estava desfraldado, e afinal está!) e até dormiu a sesta sem dramas.

Sempre de olhos bem abertos, mesmo esbugalhados, a observar e absorver tudo, calmo e meigo, foi assim que nos contaram o 1º dia.

Pronto, obrigada Zé, meu filhote, que me deste a oportunidade de conhecer outro caminho e me fizeste perder o medo dessa desconhecida que era a creche.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Fuminhos e muito babywearing!

Este tempo é o que é, estamos em Fevereiro, no tempo das amendoeiras em flor e das constipações!

Cá em casa não podia deixar de ser diferente, tosses, ranhos, algumas febres, pés descalços na tijoleira (alguém lhe explica que é meio caminho andado para ficar doente?), casacos ( ou não, também precisam de umas explicações sobre agasalhos) e até não me posso queixar porque tem andado tudo mais ou menos calmo neste campo.

Mas a nossa Rosita não se aguentou, e do ranho passou à tosse e da tosse a muita expectoração e da expectoração à bronquiolite!

Foi ontem à noite quando ela acordou aflita a tossir e com nítida falta de ar, que eu me vesti à pressa, vesti-a e em 25 minutos estava a sair de casa, numa noite tão fria, mas a seguir o meu instinto de mãe.
O hospital não fica perto, está cheio de bactérias e outras coisas más, a noite estava fria, a lareira estava acesa, mas pesando tudo na balança, o meu coração de mãe (e o pai Fura Bolos também) ditou que saísse de casa e fosse com a Rosita ao hospital.

Viagem tranquila, estacionei, meti a Rosita no mei tai, mochila às costas, mantinha a cobri-la e lá fomos. Simples!



Uma espera de 2 horas, sim, leram bem 2 horas de espera para uma bebé de 6 meses, em que eu dormi e ela também, viva o babywearing, e depois o veredito. A dra não teve dúvidas assim que a viu e ouviu, uma bronquiolite.


Na sala de tratamentos fomos fazer os fuminhos, o aerossol, e a Rosita não gostou de ser acordada para isso, mas nada que o voltar para o pano não resolve-se! Tanto enfermeira como doutora admiraram o prático que era.



Foi uma noite longa, cheguei a casa quase às 4 da manhã e com uma prática enorme em atar e desatar o mei tai com 1 ou duas mãos, mas tenho a certeza, que se eu não carregasse a minha Rosita tinha sido mais difícil (aqui falo com conhecimento de causa, em tempos idos também já carreguei com ovinho ou carrinho para as urgências, a minha mala e a mala do bebé ... não dá jeito nenhum, afirmo!)

Agora em casa continuamos, muitos fuminhos e mais babywearing ainda pois só assim ela fica sossegadinha e descansa.

Agasalhem-se bem, e se puderem, carreguem os vossos bebés!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

45 - Pai Fura Bolos

Hoje o pai Fura Bolos fez 45 anos! É um numero que já manda algum balanço, bolas!! 45 !!

Porque todos os dias são especiais, por umas coisas ou por outras, hoje foi dia de bolo de cenoura, pois então e família à volta da mesa para um lanche rápido, porque há escolas, há trabalho, há vida!

Chá e bolo, velas, e palmas. 45 anos do pai Fura Bolos e 6 meses de Rosita!



Pelo quadro atrás do pai Fura Bolos dá para ver que a vida não pára!!