sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Parabéns à Teresa


Não saltem no sofá!

Parem quietos um minuto!

Já mandei sentar e descansar um bocadinho!


PUM! - um som forte no chão seguido do choro do João, tinha caído do sofá!

Tiago e Teresa já para a cama e não quero ouvir nem mais um piu! Já viram que o mano caiu porque vocês não pararam quando nós avisámos!

Foi um susto, lá o levantei, falei com ele, estava branco do susto, a orelha a ficar roxa e na cabeça nada de galo. Tentei aplicar gelo na orelha enquanto falava com ele, uma história para ver se reconhecia as personagens, nada de vomitar, aparentemente era só o susto. Mas a choraminga continuava e nós pais sabemos reconhecer quando eles não estão bem.

Anda ao colinho João, e ele defendia-se e não queria, não queria que lhe tocássemos no braço esquerdo. Alto! Algo se passava, diferente das outras quedas, das outras muitas quedas. E lá foi a Mãe de todos a caminho do Hospital eram 23h30, coração apertadinho, dividido, o João não podia adormecer e a Julieta que ficava em casa não podia acordar para mamar! Mais uma vez contámos com o apoio da comadre Ana que foi comigo.



E o sorriso lindo de quem tem uma asa fracturada! As crianças são um espectáculo!


Espera, triagem, Noddy na parede, ida à médica e até aqui nem um choro. Depois veio o Rx, e a máquina era grande demais, ameaçadora para um bebé de 2 anos que apesar de ser muito grande não passa de um bebé de 2 anos. Aí chegaram as lágrimas, o abraço apertado à mãe, o agarrar para não largar, o encoste a cabeça dele aqui, testa para cima, queixo para baixo, isto tudo enquanto vemos o nosso menino a chorar de medo e a pedir ajuda com os olhinhos.
Só falta mais uma - disse a técnica - mas entretanto não lhe mexa muito no braço porque tem mesmo a clavícula fracturada. Foram palavras que marcaram, o meu menino tinha um osso partido, o primeiro osso partido da família cá de casa, devia estar cheio de dores e assustado com aquilo tudo.





Viemos do hospital com indicação de dormir, descansar e voltar lá no dia seguinte para ir directos à ortopedia, eram 2h30 da manhã, chegada a casa já a Julieta esperava no colinho do papá pela maminha da mamã! Foi deitar e levantar, o João mal dormiu com dores e eu mal dormi com preocupação.

Chegámos cedo de volta ao hospital e pensamos que ia ser rápido, a Mãe de todos quase a dormir e o João impaciente com a espera, foram 3 horas até o chamarem.

Foi incorrecto da parte da médica ter-vos mandado para casa -  disse a ortopedista, assim que entrámos, a Dra Rita que nós tinhamos conhecido noutra situação de hospital, eu com apendicite e ela acabada de ter uma filha!

E voltou a chorar, tinha que ser ligado, em cruzado, para imobilizar a clavícula. Apesar do cuidado da Dra  não resultou, já em casa os braços incharam, ele estava bem, brincava com os manos, ganhou uma "tatuagem" no braço afectado para todos saberem qual era, mas os braços continuavam inchados, muito inchados.


Solidariedade entre irmãos ... só para a foto, bem como os lenços porque o João não quis saber daquilo!
Dois dias passaram com ele assim e resolvemos ir ao hospital e dizer que ele não estava bem, e não estava, o Dr de serviço concordou connosco e tirou-lhe aquilo que o apertava tanto e fazia doer e mandou-nos comprar um colete altamente fashion e caro para imobilizar clavículas fracturadas!

Mais um equipamento especializado que adquirimos cá para casa a juntar ao aparelho de aerossol, faixa de grávida e faixa de pós-parto (destas já temos duas), do que me lembro agora.




E agora anda assim de pára quedas às costas até dia 4 de Outubro.
E será que serviu para eles perceberem que têm que ter mais cuidado, que têm que respeitar o que a Mãe de todos e o pai Fura bolos dizem, que se podem aleijar a sério, que o João se aleijou a sério... temos a esperança que sim ...
mas também sei que este não foi o primeiro nem o ultimo susto...

Parabéns à Teresa que fazia anos neste dia!! Domingo é a festa.

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