domingo, 18 de setembro de 2011

4 anos de Teresa


Enquanto espera pode sentar-se ali. Disse o sr que nos estava a vender uma máquina de lavar loiça quando reparou que eu mal conseguia estar de pé. Mas a minha resposta foi : o problema não é eu estar de pé mas as contrações que tenho e não sei se não tenho que ir daqui directa para o hospital.

Foi durante a tarde de 11 de setembro que decidimos ir comprar uma máquina nova porque e nossa tinha arrumado as luvas e deixado de lavar. As contrações começaram mas ainda com grandes e irregulares intervalos, sabíamos que podia ser a qualquer momento por isso não era de estranhar.

Nessa noite deixamos o Tiago na avó e fomos passear, elas vinham e iam e estavam a começar a acertar passo. Fomos até Lagos, aproveitámos para passear nas ruas, ver a agitação de quem está de férias. Sentámo-nos num bar o pai Fura bolos pediu uma cerveja e eu uma água.
Pague-se já.
Deixe estar paga no fim.
É melhor ficar já pago - insistiu o pai Fura bolos - nunca se sabe se não temos que sair de repente!

Olhando para o relógio vimos que as contrações estavam a abrandar e a espaçar mais.
Falso trabalho de parto, quando recomeçar já não volta a trás - palavras sábias e certeiras que a enf Ana me enviou por sms, e lá voltamos para casa à espera do recomeço.


Depois de jantar uma comida bem picante no restaurante chinês, beber café numa esplanada com a família, mais uma vez as contrações abrandaram e voltamos para casa. Deitei-me cansada enquanto o pai Fura bolos tratava do Tiago e o punha na cama mas mal o pequenote se tinha deitado e eu tinha pegado no sono e senti uma guinada, foi de repente, levantei-me, corri para a casa de banho e ri, ri muito porque as águas tinham rebentado e era a minha primeira vez, a minha segunda vez em trabalho de parto mas a minha primeira vez com águas rebentadas. Há sempre uma primeira vez para tudo.

Toca a levantar o Tiago e ir leva-lo aos avós e informar que desta era de vez, que sim, era verdade e que íamos para o hospital.
Houve tempo para as fotos de exterior, e de interior.





Deitada e ligada ao ctg  lá me deixaram na sala de partos, a mim, ao pai Fura bolos e à nossa menina que com tudo isto já devia estar cansada. Foram algumas horas, custaram a passar porque simplesmente nada acontecia. as contrações que eu tinha de 7 em 7 minutos quando dei entrada desapareceram e deram lugar a umas muito fracas e muito espaçadas. Definitivamente a posição deitada não é a melhor para o trabalho de parto.

Tive direito a um chá açucarado e apesar de não gostar de chá este soube-me como a melhor bebida do mundo, tal não era a minha fome e sede. O pai Fura bolos foi "obrigado" a ir tomar o pequeno almoço, por insistência da enfermeira que muito bem o avisou que tinha que estar bem para me poder ajudar.

Como é que se vai chamar a menina? perguntou uma enfermeira que queria ir já escrevendo o nome na pulseirinha. Não sabemos ainda, foi a nossa resposta pronta, e não sabíamos mesmo.
Já de manhã vieram por-me oxitocina no soro para acelerar e ao contrário do que me disseram, as contrações apareceram de repente e bem fortes e rapidamente eu estava a chamar as enfermeiras porque sentia que estava pronta. Demorei uma hora e pouco a passar de 3 dedos de dilatação para 8.



Como é que ela consegue.
Ai eu quando tiver filhos tem que ser com epidural.
Que coragem, eu não conseguia.
Isto era o que eu ia ouvindo das enfermeiras, todas mais novinhas que eu e sem filhos e por isso estavam muito impressionadas com o meu controlo no momento de expulsão.
Com a grande ajuda e encorajamento do pai Fura bolos, e as palavras da enfermeira Ana na minha cabeça fiz força às 11h35 ela nasceu. Grande, com tamanho para o nome que o Tiago tinha sugerido, mas que nós achávamos muito pesado, e no dia 13, assim a escolha foi fácil, olhamos para ela e chamamos-lhe Teresa Margarida.



Foram dois dias de trabalho de parto, entre o falso e o verdadeiro, mas não foram horas dolorosas, foram passadas em ambientes onde me sentia bem, onde queria estar, com quem queria estar, a fazer o que me apetecia, a preparar a chegada da nossa filha, a mana do Tiago.

Assim nasceu a Teresa e assim o Tiago se tornou no mano crescido.


1


2


 3



1, 2, 3, a Teresa este ano teve direito a 3 bolos. O primeiro feito pela Mãe de todos para ela levar para a escolinha. O segundo trazido cá a casa nesse mesmo dia por amigos para lancharmos. O terceiro feito também pela Mãe de todos para a festa que tivemos cá em casa hoje, a festa da minha bebé que já fez 4 anos e já está tão crescida.





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