sábado, 2 de abril de 2016

Amniocentese - sim ou não ou só porque sim?

É por isto e muito mais que a informação é mais necessária do que a "aprendizagem". 
Aprender "coisas" para o parto não deve ser o foco da preparação, mas sim a informação.Nenhum exame é obrigatório e muito menos deve ser feito só porque o protocolo manda.
Há dias contei aqui sobre a nossa decisão de não fazer a amniocentese, e este artigo é exactamente o que penso, pensamos, sobre o assunto.

Retirado da página da

Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e Parto


Amniocentese: fazer ou não fazer?
A amniocentese é um método de diagnóstico pré-natal que consiste na aspiração transabdominal duma pequena quantidade de fluido amniótico da bolsa amniótica, que envolve o feto. É tipicamente aconselhada aos pais perante a probabilidade de deformações genéticas durante a gravidez.
Este procedimento pode ser realizado logo que exista quantidade suficiente de fluido (líquido amniótico) em volta do feto, o período mais comum é entre entre as 15 e 20 semanas. As amostras demoram geralmente 2 semanas a produzir resultados. Este método implica alguns riscos, e a recolha de líquido amniótico deverá ser feita apenas por técnicos especializados.

A amniocentese é sobretudo utilizada para avaliação citogenética, permitindo detectar a existência de trissomia 21 (principal responsável pelo síndrome de Down) e estabelecer o sexo fetal, importante quando se prevêem patologias ligadas ao sexo, como a hemofilia.
Porém, este processo também permite:
- Determinar os grupos sanguíneos ABO e sensibilização ao factor Rh;
- Revelar anomalias bioquímicas homozigóticas (erros hereditários de metabolismo);
- Determinar, através da análise bioquímica de células, a presença de quaisquer patologias fatais, como a doença de Tay-Sachs ou galactosemia.
- Determinar a possível necessidade de uma transfusão fetal intra-uterina

Riscos da Amniocentese:
Teste diagnósticos como a amniocentese, por serem invasivos (entram dentro do corpo), devem ser apenas tidos em consideração quando há de facto um risco significativo de que o bebé esteja ou venha a desenvolver uma doença ou anomalia grave.
A amniocentese está associada a um risco significativo de aborto espontâneo (1 /100), e apesar de menos comum, um risco de infecção bacteriana. (1/1000).
De ressalvar que nenhum exame ou intervenção é obrigatório e o casal / grávida pode sempre recusar, inclusive mudar de ideias se já tiver concordado antes.
A verdadeira pergunta é esta: "se de facto se descobrir que algo está errado com o meu bebé, interromperia a gravidez?"
Testes que antes eram raros e feitos apenas sob necessidade e com uma suspeita real de complicação estão a tornar-se cada vez mais rotineiros. Casal informado vale por três.

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