Enquanto conduzia senti aquela sensação de vazio, de falta de qualquer coisa, pensei que afinal era cedo, aquela angústia da separação, da incerteza, do regresso "ao trabalho".
Hoje foi a primeira vez que tive que que deixar a Rosa por mais que uma hora e ainda por cima sem previsão de hora de regresso!
Deixei com ela o stock de leite que consegui fazer nos últimos dias, fraldas, roupa extra, sopa e até uma papa instantânea (que ela ainda nem exprimentou) e confiei que ia correr tudo bem. A avó e a Teresa ficaram encarregues da missão de cuidar da Rosita, que até agora era minha companheira para todo o lado, 9 meses in e 7 meses out.
Não foi fácil, mas depressa entrei noutra sintonia, passei de mãe a doula (uma mãe para a mãe) e entreguei-me.
No regresso a casa, de volta à Rosita e aos outros 3 que tinha deixado na avó, o que tinha sido uma manhã chuvosa era agora uma tarde luminosa e cheia de sol e eu em vez de apreensão tinha um sorriso e o coração cheio.
Acolher o milagre da vida é sem dúvida uma bênção e uma honra.
Foram só 6 horas, mas o suficiente para mais uma vez na minha vida passar pela ansiedade que é regressar ao trabalho depois de ter um bebé.
Se também está nesta fase, fica aqui a dica para o meu workshop Amamentar e trabalhar, sim!
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